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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Intervenção e Revolução

Hoje vou tirar do ar minha pesquisa sobre intervenção no DF. 25 pessoas votaram, 19 a favor da intervenção, seis contra. Este percentual de cerca de 75% a favor da intervenção pode ter o viés do público que freqüenta o Blog do Zé Ricardo, mas não está longe de outras pesquisas realizadas no DF e também no Brasil, como apresentei em comentários anteriores. A sensação das pessoas é de que se não houver uma mudança radical na classe política de Brasília, as cenas que vimos em dezembro vão continuar ocorrendo, mudando apenas os artistas (e as vezes nem isto). Uma pena que tenhamos esta percepção, pior que ela não está longe da realidade. Muitos como eu desejamos que o poder judiciário entrasse no governo e desmontasse a máquina de cobrança de propina para alimentar a ganância de políticos interessados em engordar seus próprios patrimônios.
Elegeu-se um novo governador, cuja votação foi baseada principalmente em votos de deputados acusados de participar do esquema de propina montado no GDF. Maculado pela forma como se tornou governador do GDF e pelo fato de ter servido a dois governos sobre os quais sobram suspeitas de desvio de dinheiro, o Dr. Rosso não parece esta fazendo muito para apurar as acusações e muito menos buscar limpar a máquina do GDF do esquema montado no governo anterior.
Resta a população de Brasília esperar que o poder Judiciário e a Procuradoria da República agirem (em uma atitude passiva), ou se preparar para fazer uma revolução silenciosa, por meio do sulfrágio universal (lutamos tanto para termos direito a votar, vamos fazê-lo de maneira consciente. Vamos nos pronunciar nas ruas, nos debates, nas associações. Vamos nos apresentar como candidatos. Vamos sugerir novos candidatos. Um estado que tem a maior renda per capita do país, quase o dobro do estado de São Paulo, não pode continuar com esta omissão, deixando a eleição ser definida entre políticos que há muito (des)mandam no Distrito Federal. Outubro está ai, saia à rua, mostre e convença as pessoas que é possível fazer uma super-intervenção, elegendo representantes e governantes que estejam comprometidos com a ética na política e no trato com a coisa pública.

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