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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Somos Um: sem palavras para Tragédia Serrana

Quem lê o blog do Zé Ricardo deve perceber que ele demora a reagir a notícias de tragédias, como a do ano que passou no Rio, e esta que assistimos nos meios de comunicação.

Todos os tipos de comentários são feitos, culpados são encontrados, medidas são tomadas, visitas são feitas. Para mim, o primeiro impacto é calar meu coração. Não há o que dizer que alivie a dor de quem está vivendo na região serrana.

Costumávamos dizer que Deus era brasileiro, que nada de mal a natureza nos causava. Parece que isto está mudando. Não, não é que Deus deixou de ser brasileiro, para mim ele é brasileiro, americano, africano, árabe, judeu, coreano e nunca privilegiou o Brasil diante de seus outros filhos.

Mas a natureza está mostrando sua fúria em todos os lugares. Nós nos sentíamos isolados de sua força. Desprezávamo-la como submetida a vontade do homem, do Homem Deus Brasileiro. Agora ela mostra que não é bem assim. Ela chegou com força e encontrou um povo despreparado para lidar com ela. Bem que ela deu alguns avisos, vários, em várias cidades brasileiras. Mas nós, não só os governantes corruptos e não corruptos, nós não demos atenção. Foi com o vizinho. Aliais, fazemos isto com muitas coisas. A dor do vizinho não nos afeta e por isto não é problema nosso.

A natureza bateu e desta vez bateu indiscriminadamente, em ricos e em pobres, com a mesma fúria e intensidade. Talvez agora, que alguns sobrenomes famosos e contas bancárias fortes, sejamos mais atentos aos gritos da natureza.

Mortes e sofrimentos não têm lado bom. Principalmente quando nós estamos envolvidos. Mas se pelo menos começarmos a ouvir a natureza, a nos preocuparmos com ela, nos prepararmos para sua fúria. Se pelo menos começarmos a perceber que a vida humana vale não pelo sobrenome que carrega,ou pelo tamanho da conta bancária, mas pela beleza de Ser Humano, independente de sexo, de religião, de crença, de opção de vida, de cor. Se talvez se a Dor Serrana abrir nossos olhos para o nosso próximo e para a necessidade de nos cuidarmos e nos ajudarmos coletivamente a prever e a socorrer na hora de dificuldade, os mártires da Serra terão feito algo para a Humanidade Brasileira. Ai Deus deixa de ser brasileiro, protetor dos ricos, e passa a ser a origem de Todos Nós.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Política: Brasil optou pelos direitos humanos

O Irã não está satisfeito, pois autoridades do governo Dilma se opõem ao apedrejamento de Sakineh Ashtiani.

A começar pela própria presidente Dilma que, em entrevista em NY há algumas semanas, criticou o posicionamento do Brasil na ONU ao abster-se em relação à condenação e às práticas contras as mulheres.

O chanceler Antonio Patriota confirmou, dizendo que a questão do apedrejamento vai contra o que o governo eleito representa.

A ministra da cultura Ana Holanda afirmou ser abominável o apedrejamento.

Estamos no rumo certo.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Somos Um: Despertar para Ammabaghavan

Adaptação feita pelo blog a partir de tradução de http://www.onenessuniversity.org/

Vale refletir

"A mudança acelerada, em que se encontra o mundo, levou a um aumento da incerteza em todas as esferas da vida. A nível individual há crescente insegurança no que diz respeito às relações de trabalho, saúde e a nível global há ansiedade sobre a economia de mercado flutuantes, ecologia precária e conflitos. E esta experiência da humanidade como um todo está afetando o indivíduo o tempo todo. Assim como a pressão de todo o oceano é exercida em cada gota, do mesmo modo todo o universo impacta cada indivíduo.

A afirmação da separação do homem com o todo tem destruído a nossa capacidade de trabalhar em conjunto. No entanto, está se tornando cada vez mais essencial, se quisermos sobreviver, que haja um espírito de cooperação com o universo. Porém, fica difícil para cada indivíduo cooperar com o outro, a menos que dentro de si haja harmonia, que ele não esteja dividido ou em conflito. Mas enquanto a mente dominar todas as nossas ações, não poderá haver cooperação.

Despertar é o florescimento do coração, pelo qual é vista a causa de um problema e o surgimento do sofrimento. O sofrimento pessoal deve ser uma coisa do passado. Todos os sentimentos devem surgir e desaparecer sem resistência. Feridas emocionais são difíceis de sustentar. Uma delas é em casa, mesmo em meio a estranhos, o mundo é o lar. Sente-se um maior senso de conexão com todos os povos e todas as coisas.

Isto é possível apenas quando se estabelece uma conexão poderosa com Deus. Só então é que a responsabilidade do homem sofrerá uma mudança radical. Despertar é uma viagem a ser feita não é um destino a ser alcançado. O despertar é um processo em que você acorda do sonho à realidade. A vida desta maneira é tão comum que é extraordinário. Sente-se que, é assim que sempre temos sido."

Que 2011 seja um ano de Despertar para muitos.

Economia: Desafios dentro e fora

Enquanto nosso ministro da fazenda acusa o mundo desenvolvido de promover guerra cambial, os países ricos enchem os mercados de liquidez para tentar levantar suas economias da grave crise financeira instalada desde 2007/8. O excesso de liquidez destes países tem criado dificuldades para os países emergentes (Brasil entre eles), pois provoca forte entrada de capital, apreciando a moeda local, barateando os produtos importados e tornando mais caros nossos produtos no exterior. Ou seja, a forte entrada de capitais cria dificuldades para os produtores e exportadores nacionais, provocando queda na indústria e piorando o nosso balanço de pagamentos.

Eu tenho dito que não existe guerra cambial. Se algum país manipula diretamente sua taxa de câmbio este país é a China. O aumento de sua produtividade, o forte superávit em seu balanço comercial com o resto do mundo e seu crescimento exacerbado deveria ser acompanhado de apreciação cambial em relação ao dólar. Ao manter sua moeda fixa, toda vez que o dólar cai no mercado internacional, sua moeda cai junto e estimula suas exportações e sua indústria. A China sim, com sua política de cambio fixo está agindo como guerreiro comercial. Em compensação está vendo seus preços domésticos subindo, é natural.

Os EUA e a Europa estão tentando soerguer suas economias utilizando medidas de política monetária e fiscal de alguma forma consensual, embora não unanime.

Junte-se a este excesso de liquidez externa e a política cambial chinesa a política de expansão de gastos públicos adotada pelo governo brasileiro nos últimos dois anos de aumentar os gastos correntes em detrimento de infra-estrutura e encontra-se uma economia aquecida, com preços e juros em alta, o que só estimula a uma maior entrada de capitais no país.

Crescimento e apreciação câmbio é um pacote, não andam separadamente no longo prazo. O que precisamos é criar mecanismos e incentivos para as empresas nacionais reduzirem seus custos, aumentar a produtividade dos fatores de produção e investirem em pesquisa e desenvolvimento. Assim poderemos, apesar da apreciação cambial, continuar a ser competitivos no comércio internacional e manter os preços domésticos mais baixos.

O governo tem que fazer sua parte, investindo em infra-estrutura para reduzir custos de transporte das mercadorias, reduzir impostos, especialmente aqueles que ainda incidem sobre produtos exportáveis, reduzir burocracia para facilitar iniciativas criativas por parte dos brasileiros, facilitando os empreendimentos e criando possibilidade de maior ganhos por parte de pessoas que ainda não utilizam seu potencial.

Educação, não reprodução de conhecimento, mais que isto, educação criativa, que pensa e desenvolve é uma das prioridades nacionais.

Se governo e iniciativa privada (a sociedade civil) fizerem sua parte, o bônus demográfico (ver artigo mais abaixo neste blog sobre envelhecimento populacional) poderá nos levar ao primeiro mundo mais rápido que esperávamos. Mas se não fizermos nada, deixaremos de ser emergentes e voltaremos a ser BelÍndia.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Poesia: Amor e Amizade

Enviado por uma amiga

Perguntei a um sábio, a diferença que havia entre amor e amizade.
Ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível, a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas, a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho, na Amizade compreensão.
O Amor é plantado e com carinho cultivado,
A Amizade vem faceira e com troca de alegria e tristeza, torna-se uma grande e querida companheira.
Mas quando o Amor é sincero ele vem com um grande amigo, e quando a Amizade é concreta, ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo ou uma grande paixão, ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

William Shakespeare

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Política e Ecologia: Alckimin transfere recursos de propaganda para Tietê

PARABÉNS GOVERNADOR ALCKMIN a transferência dos recursos da comunicação para o Tietê beneficiará muito mais pessoas. Que sua atitude sirva de exemplo para outros.

do http://sosriosdobrasil.blogspot.com/
Roberto Almeida - O Estado de S.Paulo

Após extinguir a Secretaria de Comunicação do governo paulista, o governador Geraldo Alckmin decidiu ontem remanejar R$ 24 milhões da verba que estava prevista para a pasta. O destino do montante foi o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), que a usará para desassorear a calha do Rio Tietê.

A ação de Alckmin vai na contramão dos investimentos que o seu antecessor, José Serra, fez na extinta secretaria. Serra gastou R$ 448 milhões com a Comunicação em seus quatro anos de governo. "Autorizamos hoje o Daee para fazer a suplementação e retirar um milhão de metros cúbicos (de material assoreado da calha do rio)", afirmou Alckmin, que pretende realizar a limpeza completa da calha em dois anos.
Durante a transição paulista, o tucano anotou diversas vezes que manter a área da Comunicação como uma secretaria não fazia sentido para sua gestão. Ela será transformada em uma coordenadoria, mas o nome do gestor ainda não foi definido.
Economia. Enquanto isso, o governador continua em obstinada marcha por cortar gastos do governo. Ontem, durante a primeira reunião com o secretariado, no Palácio dos Bandeirantes, disse aos titulares que manterá rédeas curtas na gestão. "Secretário alugar avião e helicóptero, só para caso de enfarte do miocárdio", afirmou, segundo relato de um dos secretários presentes.
Alckmin pediu também à sua equipe que procure os recém-empossados ministros para abrir canais de interlocução com o governo federal. Ele quer decisão rápida sobre investimentos para os aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas. Fonte Jornal O Estado de S. Paulo

Política: Esperança em Dilma

Minha esperança, um governo mais eficiente na gestão da coisa pública, menos populista e menos personalista.


do blog do Noblat

Um porta-voz de si mesmo 01 de janeiro de 2011 | 2h 49
João Bosco Rabello

O presidente Lula entrará para a história como o que mais falou para o País. Compareceu diariamente aos telejornais, para manifestar-se sobre tudo e sobre nada. Não há exagero em dizer que governou literalmente do alto dos palanques. Foi o porta-voz da República e de si mesmo.

Essa circunstância, mais que qualquer outra, dá consistência ao bordão que usou exaustivamente, do "nunca antes neste país". Lula fez nada menos que 2.519 pronunciamentos nos seus oito anos de mandato, o que equivale a um discurso diário.
Não entram nessa conta as declarações avulsas e de improviso nos chamados "quebra-queixo" (as entrevistas não programadas, dadas em pé) nem o programa Café com o Presidente.

Longe da casualidade, a performance é estratégica: permitiu que impusesse, pela insistência, suas versões, a despeito, não poucas vezes, dos fatos. De quebra, deixou a impressão de ter feito muito mais do que fez. E de ter acertado bem mais do que acertou. E era exatamente essa a ideia. Nesses termos, foi bem-sucedido.
O duelo das versões com os fatos começou pela difusão da ideia de "herança maldita", mencionada já no dia seguinte à posse.

Estabelecida, usurpou de seu antecessor a autoria do programa que lhe permitiu êxitos na economia: fim da inflação, Lei de Responsabilidade Fiscal, câmbio flutuante autonomia operacional do Banco Central.

Lula manteve o modelo econômico que herdou (e combateu), inclusive nomeando como autoridade monetária máxima um quadro do PSDB, Henrique Meirelles, cuja performance técnica lhe permitiu ousar nos programas sociais, obtendo tal popularidade que o blindou dos constantes desvios éticos de seu governo.

O mérito de preservar (sem confessar) o modelo, associado à ampliação da política assistencialista (também inspirada no antecessor), produziu efetivamente transferência de renda. A ousadia na administração da crise externa incluiu de vez as classes C e D no mercado consumidor, com a expansão do crédito.

Transferência de renda, expansão do crédito e do consumo deram-lhe a vitória eleitoral - e um lugar mitológico na história política nacional -, mas configuram uma camada bruta de maquiagem na falta de gestão que permeou seu governo e no retrocesso político que significou o exercício de uma democracia direta viabilizada por um Legislativo acocorado.

A sucessora que elegeu assume o comando pressionada por um ajuste fiscal sempre sofismado e herda os efeitos da ausência de gestão de seu padrinho político: um País sem infraestrutura para o crescimento que se anuncia; um ensino sem qualidade, administrado por estatísticas; saúde e segurança em estado falimentar.
Além disso, Dilma Rousseff terá de administrar uma aliança fisiológica tão heterogênea que Lula não a quis para si próprio.

No plano político, à falta de qualquer sinal mínimo de reforma, a memória que fica é a do presidente que violou todas as regras e princípios que regem a conduta de um chefe de nação, sobretudo no período eleitoral, que antecipou ilegalmente em quase dois anos. Permitiu-se até o deboche, sem que a Justiça Eleitoral reagisse.

Na política externa, saiu pior do que entrou. Chegou ao destempero de comemorar a crise econômica dos Estados Unidos - de resto, mola propulsora do declínio da Europa e responsável pela crise internacional, que infelicita milhões de pessoas. Passou um sentimento juvenil de vingança contra o "imperialismo do Tio Sam".

O seu legado é positivo pelo que exibiu de sensibilidade social, mas amplamente negativo pela conduta populista extremada, que costuma apresentar a conta de seus efeitos bem depois. Sua despedida do poder - a mais ruidosa de que se tem notícia - impõe ao País uma overdose de personalismo.

Tudo sugere - essa a esperança dos cientistas políticos que ele tanto ironiza - que sua sucessora se defina por um perfil mais gestor que político, até porque o primeiro ela o tem; o segundo terá de aprender na prática.

A expectativa, em suma, é de que haverá sensível redução personalista da instituição Presidência da República em favor de uma gestão voltada para reformas inadiáveis, como as da Previdência, do trabalho e política, com mais eficiência e menos marketing. Isso, claro, se Lula, que não dá sinais de que sairá de cena, o permitir.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/Default.asp?a=111&cod_blog=129&ch=n&palavra=&pagAtual=3

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Somos Um: uma triste estatística

O direito à vida e à diversidade - uma herança maldita

Tanta bravata de nosso ex-presidente mas pouco esforço para garantir o direito à vida daqueles que optaram por uma vida diferente. O ódio preconceituoso deve ser combatido por todos os governantes, sejam este ódio contra homossexuais, contra pessoas de coloração diferente, contra pessoas com posicionamento político distinto, contra pessoas com crenças religiosas não tradicionais e tantas outras diferenças. Não construiremos uma sociedade justa, irmã e harmônica se não garantirmos a todos o direito à vida e de expressar-se com liberdade e respeito


Em artigo para O Globo, antropólogo Luiz Mott afirma que Lula foi irresponsável no combate ao HIV entre homossexuais

Mott também defende que faltou vontade política para acabar com a homofobia. Leia o texto a seguir.

Uma cruel liderança

Recentemente, o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros, ao receber no Palácio do Planalto o prêmio de direitos humanos, provocou riso nos governistas presentes ao intitular Lula "Papai Noel dos Gays". Anos passados, ao receber idêntica premiação de FHC, abri uma faixa "Gays querem justiça!", protestando contra a homofobia reinante em nosso país: matava-se então no Brasil um homossexual a cada três dias, uma média de 100 a 150 por ano.

Ao tomar posse, Lula recebeu a incumbência de cumprir o Programa Nacional de Direitos Humanos II, onde, num total de 402 ações afirmativas, constavam 11 dirigidas à população LGBT.

Lastimavelmente, Lula deixou de cumprir sua obrigação constitucional, pois, apesar de muita bravata, realizando uma conferência nacional, instituindo o Programa Brasil sem Homofobia, criando no último mês de governo o Conselho Nacional LGBT, como acertadamente declarou a senadora Marta Suplicy, "a situação piorou para os homossexuais no Brasil. Os crimes aumentaram e nenhuma lei foi aprovada no Congresso. Os países vizinhos avançaram mais. Apesar da festa, temos um cenário cada vez mais difícil!" Faltou vontade política de Lula para enfrentar a homofobia institucional. Cristina Kirchner foi muito mais ousada.

Triunfalismos a parte, em vez de Papai Noel dos Gays, desgraçadamente, Lula ficará na historia como "Vampiro dos Gays". Nunca antes na história deste país tanto sangue gay foi derramado ou contaminado pelo HIV, devido à irresponsabilidade do atual governo. Em 2009 foram documentados 198 assassinatos de homossexuais brasileiros, crimes de ódio cometidos com requintes de crueldade. Até início de dezembro de 2010, 235 gays, travestis e lésbicas foram cruelmente trucidados, aproximadamente uma morte a cada dia e meio, o dobro de quando Lula começou a governar.

O país da futura Copa ostenta cruel liderança: é o campeão mundial de assassinato de homossexuais! Aqui matam-se muitíssimo mais gays do que todas as execuções homofóbicas de Irã, Arábia, Sudão, Nigéria e demais sete países onde há pena de morte contra os amantes do mesmo sexo. Nos Estados Unidos, com cem milhões a mais de habitantes, matam-se em média 25 gays por ano; aqui, 250!

Todo esse sangue derramado poderia ter sido evitado se Lula tivesse cumprido ao menos duas ações afirmativas do PNDH-II, aprovado meses antes de sua posse:

* Nº 231. "Promover a coleta e a divulgação de informações estatísticas sobre a situação sociodemográfica dos LGBT, assim como pesquisas que tenham como objeto as situações de violência e discriminação praticadas em razão de orientação sexual."

* Nº 232. "Implementar programas de prevenção e combate à violência contra os LGBT, incluindo campanhas de esclarecimento e divulgação de informações relativas à legislação que garantam seus direitos."

A mortandade de gays vítimas da aids é outra face criminosa do vampirismo do "Papai Noel dos Gays": enquanto são 0,8% os homens heterossexuais infectados pelo HIV, entre os gays 11% são soropositivos. As raras campanhas de prevenção destinadas ao principal "grupo de risco" da epidemia, além de tímidas, não causaram o efeito necessário. De quem é a culpa?

Lula deixa para sua sucessora essa cruel herança maldita para os homossexuais e transexuais: se ficar a aids pega, se correr a homofobia mata.

Luiz Mott é antropólogo da Universidade Federal da Bahia.

Somos Um: o amor segundo Gilbran

"Quando o amor vos chamar;
Siga-o...
Embora seus caminhos sejam agrestes, escarpados;
E quando ele vos envolver em suas asas;
Cedei-lhe...
Embora a espada oculta em sua plumagem possa ferir-te;
E quando o amor vos falar;
Acreditai nele...
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos,
Como o vento devasta um jardim...
e da mesma maneira que o amor vos coroa;
assim também ele vos sacrifica...
E da mesma forma que ele sobe até a vossa altura e acaricia
seus ramos mais tenros que se embalam ao sol...
Assim também ele desse até vossas raízes,
e as sacode do seu apego a terra..."

Gibran Khalil Gibran

domingo, 2 de janeiro de 2011

Economia: Envelhecimento populacional - Perspectivas e Desafios

Durante a maior parte da história da humanidade, a população mundial se manteve praticamente estável, crescendo a taxas próximas a 0,1% ao ano. A partir do século 18 esta taxa de crescimento da humanidade passou a aumentar constantemente, atingindo 2,2% por volta dos anos 60, quando passa a declinar e retorna ao nível de 1,2% em 2010. O aumento da taxa de crescimento populacional deve-se a redução na taxa de mortalidade, principalmente por melhorias nas áreas de saúde, não acompanhada de queda imediata na taxa de fecundidade. O tempo em que a natalidade esta bem acima da mortalidade gera grande aumento populacional, fenômeno conhecido como transição demográfica.

O impacto desta transição demográfica sobre a economia é muito intenso, mas não linear. De início o aumento do crescimento populacional gera forte ampliação da população jovem, não trabalhadora, gerando elevação da razão de dependência (número de pessoas em idade de não trabalhar sobre o número em idade de trabalhar), tornando mais oneroso para quem trabalha manter crescente número de pessoas sem trabalhar.

Este período é associado a baixo crescimento econômico. O segundo momento é considerado janela de oportunidade ou bônus demográfico, caracterizado pela chegada ao mercado de trabalho do aumento populacional. Nesta época a razão de dependência diminui com o aumentando o número de pessoas em idade de trabalho. Este período está associado a altas taxas de crescimento econômico. Pesquisadores de Harvard comprovaram que parte substancial do crescimento dos tigres asiáticos está associada a este bônus demográfica. O terceiro momento é quando este aumento populacional chega à idade fora do mercado de trabalho e não é reposto pelo mesmo impulso populacional. Nesta hora aumenta a razão de dependência, fomentando baixas taxas de crescimento econômico. É onde a maior parte das nações européias se encontra hoje, com seus desafios nos sistemas de previdência.

O Brasil, ainda que tardiamente, também está passando pela mesma transição. Segundo dados do IBGE, a mortalidade caiu entre 1950 e 1970, enquanto as taxa de natalidade passou a recuar a partir de 1970. A defasagem na redução da natalidade gerou forte aumento populacional nos anos 60, 70 e 80, levando a razão de dependência a 90% (quase uma pessoa em idade de trabalho para uma pessoa fora da idade de trabalhar), dificultando o desenvolvimento do país. Desde então a razão de dependência tem caído continuamente, atingindo cerca de 50% em 2010, devendo chegar a 40% em meados de 2025, quando a população com mais de 65 anos vai começa a aumentar de forma mais substancial, piorando a razão de dependência. Embora haja alguma divergência entre pesquisadores sobre a data de início e final do bônus demográfica para o Brasil, a parte mais intensa deste bônus inicia-se por volta de 2010 e deve estender-se até meados de 2025. Isto dá ao Brasil uma oportunidade de outro para o crescimento econômico, para enriquecer sua população e viabilizar um envelhecimento com menos restrições no futuro. Para isto será necessário reduzir custos produtivos, simplificar abertura e fechamento de empresas, aumentar a produtividade, investir em educação, tudo para maximizar o potencial transformador desta janela de bonança demográfica, como fizeram os tigres asiáticos e a China. O crescimento econômico vai aumentar nos próximos anos por causa da transição demográfica, mas a ação do governo vai definir quanto e quão perene será esse crescimento. Os setores que mais deverão se beneficiar desta nova etapa da economia brasileira, onde a população está amadurecendo e ficando mais rica e exigente, serão aqueles que gerem bens e serviços de melhor qualidade. Investimentos em educação, cosméticos, carros de luxo, alimentação saudável, saúde, academias de ginásticas, serviços de boa qualidade, terão retornos mais fáceis neste futuro que começa agora. O que ocorrerá depois 2040 - quando a janela de oportunidade demográfica começar a se fechar - vai depender das ações tanto do setor público quanto do setor privado entre 2011 e 2025.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Política: Sinceridade e Insensatez

“Foi gostoso passar pela Presidência da República e terminar o mandato vendo os Estados Unidos em crise, vendo a Europa em crise, vendo o Japão em crise, quando eles sabiam tudo para resolver os problemas da crise brasileira, da crise da Bolívia, da crise da Rússia, da crise do México"

Será que é bom ver nossos "adversários" afundados no mar de lamas, ainda que isto envolva o sofrimento de milhôes e milhôes de pessoas? A declaração de nosso ex-presidente é sincera, o sentimento por trás dela é insensato, por trazer mágoa e ressentimento contra povos que antes dominaram o mundo.

Eu não quero construir um país que domine os outros, e sorria diante do sofrimento de ex-poderosos. Eu quero um país irmão.