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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O PSDB e o Funcionalismo Público

Retirado do Blog do Raul Dusi (http://rauldusi.blogspot.com/) e editado.

Bom dia Vanessa,

Após nosso bate-papo, que aliás foi muito bom, vocês são muito queridos para nós, fiquei refletindo e pesquisando sobre sua dúvida quanto ao Serra.

Você disse que o PSDB persegue o servidor, uma vez que tirou vários benefícios.

É verdade, foi retirada a incorporação das gratificações. Mas não foi retirada por ódio ou por falta de consideração com o servidor. O objetivo foi outro
As gratificações foram criadas com o objetivo de estimular e diferenciar as competências técnicas e valorizar o servidor e com isto criar um incentivo para uma dedicação maior ao serviço público. Uma vez incorporadas elas perdem seu valor. E tornar-se um objeto de injustiça e discriminação com o servidor novo, que não tem o valor incorporado, ou seja eles podem fazer o mesmo trabalho, mas o que incorporou pode estar ganhando muito mais que ele e estas distinções desestimula o funcionário que não tem e não estimula o que tem, pois não vai perder se trabalhar menos. Tempo de caso não é mérito. Atualização técnica e dedicação profissional, sim.
Além desta questão, o PSDB de Fernando Henrique pegou um estado falido e que imprimia dinheiro para se financiar. Assim, por um lado o governo não tinha dinheiro para fazer investimentos importantes de infra-estrutura e o dinheiro que tinha e imprimia era apenas para o financiamento da máquina do governo.

Resultado, quem se beneficiava do governo eram apenas os funcionários bem pagos, a população não tinham o benefício. O oposto, como se financiava com impressão de dinheiro para manter sua máquina o governo criava inflação, que só prejudicava os mais pobres, que não conseguiam se proteger da inflação. De fato, durante muito tempo antes do 1º governo PSDB, FHC tínhamos uma economia onde o poder de compra variava diariamente, devido uma inflação galopante, o poder de compra dos mais pobres era destruído rapidamente e isto fortalecia as injustiças sociais.
O Estado financiava a máquina pública com o pagamento dos salários em detrimento aos investimentos no desenvolvimento da sociedade.

Após o governo FHC, quando o PSDB implantou o plano real e nosso poder de compra aumentou, principalmente dos mais pobres. Pelas pesquisas podemos verificar que houve melhora na qualidade de vida da população.

Assim se hoje você ver um governo tendo dinheiro para gastar com investimentos de infra estrutura, isto se deve à redução dos gastos com funcionalismo durante o governo FHC. Se hoje você vê os pobres viajando de avião, se você pode ligar para seu jardineiro ou diarista em um telefone celular, isto se deve à redução do processo inflacionário que transferia renda destas categorias para as classes que conseguiam se proteger, além é claro da privatização da telefonia, que aumentou a oferta e a concorrência entre as empresas.

Então o PSDB não era, nem é contra o servidor. O PSDB ao contrário é parlamentarista. No sistema parlamentar o servidor público tem que ser qualificado, tem que chefiar a gestão pública e tem que ter estabilidade, pois muda o ministério, ou o governo, mas não muda a administração pública. Por isto o grupo que criou o PSDB inspirou a criação da ENAP, desejava ver uma burocracia sólida e baseada no treinamento e aperfeiçoamento, livre da intromissão política no preenchimento dos cargos de gestão pública.

O PT que apoiou o presidencialismo queria e quer uma administração subordinada a sua visão de governo. Por isto criou tantos cargos de comissão para serem preenchidos por militantes e não pelos servidores de carreira. Bem pagos sim, mas subserviente ao mandatário do ministério. Mudou ministro, mudou governo muda tudo, não há continuidade administrativa.

O PSDB quer dinheiro público aplicado nas necessidades públicas, por isto quer uma máquina eficiente, enxuta e objetiva, deixando a maior parte dos recursos públicos para serem utilizados em investimentos que mudem a sociedade e também aumentem a capacidade produtiva do país.

Utilização de recursos públicos racionalmente evita a necessidade de inflação para financiar o setor público, e isto é muito bom para a nossa sociedade, principalmente para os mais pobres e também ajuda nos investimentos sociais e produtivos necessários para transformar o país em um Brasil de primeiro mundo.

FHC fez isto e o governo do PT usufruiu do esforço fiscal e administrativo feito nos oito anos de administração FHC, por isto teve tanto sucesso.

Um comentário:

Thiago disse...

Que argumentos são esses? Meu Deus. Foi o piro presidente para o funcionalismo, assim como o Collor