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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ecologia: Copenhague ou Copenhágua?

Uma reflexão sobre a questão do CO2 do encontro de Kioto. Será que esta é a questão mais importante para a preservação da natureza e as futuras gerações? Será que estamos discutindo a questão chave para a preservação de nosso planeta e da vida por aqui no futuro? .
Retirada do blog do professor Apolo Heringer Lisboa
http://apoloheringerlisboa.wordpress.com/copenhagen-ou-copenhagua/

A estratégia de mobilização através do clima teve sucesso. O carbono se tornou um elemento químico mágico. Mas há o risco de reducionismo absurdo. Será que poderemos resolver nossos problemas ambientais, profundamente vinculados às relações econômico-sociais e internacionais, através do sequestro de carbono com matas homogêneas de eucalipto e cana? Além de outras contradições que surgiram em Kyoto, que paga pela mata monocultura florestal mas não paga pela preservação da floresta biodiversa nativa.

Uma mesma área de floresta biodiversa nativa tem valor muito superior a uma floresta homogênea plantada, do ponto de vista ambiental. Uma armadilha que está no modelo em consagração em Copenhague é desconhecer a biodiversidade e os ecossistemas remanescentes na Terra e tentar resolver questões complexas a partir de sequestro de carbono.

As áreas já desmatadas, as áreas abandonadas por culturas em decadência, ou as áreas possíveis de serem redirecionadas como oferta agro-florestal no planeta poderia ser utilizada como áreas de plantio de florestas homogêneas energéticas, capturando carbono e também riqueza para seus proprietários, com grande impacto ambiental e sócio-econômico mundial, fazendo retroceder a sanha de desmatamento de biomas nativos com as últimas reservas de biodiversidade e criando condições favoráveis para recuperação e sobrevivência de biomas em extinção.

As águas doce continentais disponíveis às populações tem muito a ver com o sistema de cobertura vegetal, sobretudo das florestas nativas. A água como eixo de mobilização e transformação das políticas urbanas e rurais, em todo o globo terrestre são mais profícuas, abrangentes, mobilizadoras e compreensíveis pelas grandes massas humanas que o carbono. O carbono e outras variáveis indicadores sistêmicos ambientais devem compor um sistema de monitoramento em que a vida e biodiversidade dos ecossistemas sejam centrais.

Um comentário:

Unknown disse...

Teste de puO fato é que o atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios. Se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante desta constatação, surge a idéia de Desenvolvimento Sustentável, o qual busca conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. Para tal, o fim da pobreza no mundo é essencial, mesmo sendo visto que os habitantes dos países industrializados usam muitas vezes mais os recursos naturais do que os países em desenvolvimento.