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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Somos Um: o amanha depende do trabalho

O mundo está em constante transformação. A cada movimento de criação deixa-se um universo de conceitos e padrões para trás.
Não há dúvida que a ordem estabelecida e grande parte de seus valores até setembro de 2008 foi fulminada pela crise financeira que se iniciou na segunda metade de 2008. O que existe hoje é tentativa de se ajustar as relações humanas e econômicas com os conceitos antigos. Mas o caminho tem sido tenso e inconstante. Ao lado de grandes iniciativas coletivas, tanto no âmbito do G-20, quanto na Europa, vê-se um esgotamento das relações criadas nos princípios capitalistas que se adensaram a partir de 1973. Recentemente um parlamentar da esquerda grega pregando a moratória da dívida de seu país, dizia que a única saída era a guerra.
Houve um tempo em que ser de esquerda era ser contra a guerra, a favor dos direitos humanos e da união entre os povos desfavorecidos em todo o mundo. Hoje ser de esquerda é ser contra, é promover a libertação de quem viveu de dívidas e punição do irmão que trabalha e cuida de suas finanças. O outro que nos oprime é o culpado.
Este esgotamento nos leva a um movimento pró-divisão da Europa e dos grupos pré-estabelecidos. Não está claro aonde vamos. Com o conhecimento que temos, querer tirar muita vantagem, ou se achar muito mais que o outro pode nos levar a destruição. Podemos nos destruir muitas vezes e levar ao completo aniquilamento da vida em nosso planeta. A única coisa que nos salvará será a consciência de que somos todos responsáveis.
Se sobrevivermos às tensões que enfrentaremos nos próximos anos, teremos a chance de erigir uma nova ordem. Ela poderá continuar sendo a ordem que sempre tivemos, o país mais rico dará as cartas. Neste caso tudo indica que a China, com seu regime autoritário, ditará as regras do novo mundo. Melhor que cheguemos a um estado de consciência mais elevado.
Qualquer que seja o novo sistema, ele dependerá do trabalho e da criação de valor e da mais valia para sustentar a humanidade. Mais valia individual e capitalista, ou mais valia estatal e socialista. Sua origem será a mesma, expropriar parte do trabalho para acumulação e avanço na produtividade futura.
Pode ser que esta expropriação, dada com o consentimento consciente de cada um de nós em uma sociedade organizada de forma pacífica e fraterna, onde a liberdade e criatividade individual possam conviver em bases de cooperação e reciprocidade, como diz Baghavan, não se chame mais mais valia.
De toda forma só haverá amanha com trabalho e trabalho suficiente para garantir o hoje e proporcionar excelente para garantir um amanha ainda melhor. Seja materialmente, seja em relações humanas, seja na riqueza das artes.

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