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terça-feira, 9 de março de 2010

Intervir ou não no DF?

No dia 8 de fevereiro o Jornalista Ary Ribeiro publicou artigo neste blog chamado “O Mal da Eleição no DF”, onde ele diz que Brasília, como Distrito Federal tinha um administrador, como tem a capital dos Estados Unidos, Washington D.C., sem representação no parlamento local, apenas com representação na Câmara dos Deputados.
Alzira Rosa, uma grande amiga teceu os seguintes comentários:
“Concordo com o articulista Ary Ribeiro. Brasília é a capital, sede do governo, e não precisa de uma representatividade típica de estado ou município. O surgimento da Câmara Legislativa e a eleição de governador disseminaram no GDF todo o tipo de clientelismo político que grassa impunemente em outras unidades do País. Brasília, tão jovem, agora tem uma estrutura política que favorece a troca de favores entre governantes e legisladores, em detrimento do interesse público, à custa do achaque de empresários locais. Tudo em nome de um arremedo de mecanismo de representatividade democrático. Como brasiliense, assisto desolada a ocupação desordenada e predatória das terras do DF, loteada entre compadres, enquanto os serviços de saúde e educação estão vilipendiados. Está na hora de iniciarmos a discussão que preveja o fim da Câmara Legislativa e o retorno à neutralidade da gestão administrativa do GDF”.
Em um primeiro momento e vendo a amplitude da corrupção política que assolava o Distrito Federal, e certo de que ela vêm de muito antes e não só do governo Arruda, eu imaginei que a melhor solução para o DF seria a intervenção, para limpar um pouco estes sistema corrompido.
O Senador Cristovam Buarque, a quem muito admiro, publicou artigo no Correio do dia 27 de fevereiro em que ele diz que embora não seja uma falência da democracia, pois a intervenção é uma medida prevista em nosso arcabouço institucional, seria uma falência da política. E eu concordo que hoje Brasília mostra uma falência da política. Mas Cristovam diz que pode ser nossa chance de mudar o panorama de Brasília, mandando um exemplo para o resto do país. Para ele devemos: 1. Repudiar candidatos que passem desconfiança, sem passado limpo e dar preferência aos candidatos novos; 2. Criar um conselho social de gestão, sem remuneração, integrado por representantes da sociedade civil para acompanhar e fiscalizar as ações dos futuros governos; 3. Criar um portal de transparência que dê acesso irrestrito às contas do GDF; 4. Exigir que cada candidato apresente informações sobre seu passado ético, especialmente sua ficha jurídica e policial; 5. Realizar auditorias externas independente em todas as contas da administração direta e indireta nos últimos 20 anos; 6. Limitar drasticamente o número de servidores de confiança com nomeação livre do governador; 7. Retomar o orçamento participativo; 8. Revisar integralmente o PDOT, para inibir a especulação imobiliária, conservando o meio ambiente; 9. Revisar as concessões de benefícios fiscais; 10 construir conjunto de metas para que Brasília seja referência nacional na [ética das prioridades pol[iticas, em especial na educação.
E você, o que acha? É a favor da intervenção? Ou acha que a agenda acima tem condições de se realizar? O que devemos fazer? Vote ao lado!
Abraço do Zé Ricardo

Um comentário:

Starnet disse...

Acabar com autonomia do DF não é solução nenhuma. Aliás, está mais para demonstração de raiva de quem não sabe nem o que fazer nem para onde direcionar a frustração... (estilo aquele pessoal que reclama por reclamar e não busca solucionar o problema).
Acabar com a autonomia significa apenas tirar o poder da população local escolher o governante e transferí-la para os gabinetes do Governo Federal.
Ou seja, seria transformar Brasília em espécie de estatal com o gestor da Capital passando a ser só mais um cargo a ser distribuído entre os partidos da base aliada (dadas as obras que sempre são realizadas na cidade, será um cargo super-disputado...).
O problema parece ser a escolha do Governante...
Mas “basta o pessoal saber votar”.
Provavelmente muitos dos que pedem o fim da autonomia votaram no Arruda. Ou votariam no Roriz em troca da promessa de “legalização do terreno que compraram em um condomínio irregular que invadiu terra pública e de proteção ambiental” (engraçado que muitos destes são dos que pedem cadeia para o MST por ter invadido terras improdutivas...).
E se perguntar em quem votaram para deputado, não se lembrarão... (eu sei de todas os políticos em quem votei, acompanho como votam os projetos e digo que NUNCA me arrependi de 1 voto que dei!).
Assim é fácil tentar transferir a culpa e as responsabilidades para outros...
QUE TODO MUNDO VOTE MELHOR, ACOMPANHE COMO SE COMPORTA QUEM VOTOU ANTES DE VOTAR DE NOVO.
Ah, e principal, QUE NÃO COLOQUEM O CARGO DE GESTOR DE BRASÍLIA COMO MAIS UM A SER DISTRIBUÍDO ENTRE OS PARTIDOS DA “BASE ALIADA”.

Estrela.
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